domingo, 21 de janeiro de 2018

Semana vista por: Carlos Vares

Boas notícias:

Emanuel Câmara vs Paulo Cafôfo: é tempo da democracia ter duas opções credíveis nas Regionais, essência da alternância. Que disputem o Governo Regional e não um lugar na ALR. Aguardamos por substância, qualidade profissional e humana. Se Carlos Pereira foi sincero, o clima no PS ficará sanado, será um secretariável. É tempo do PS-M provar que amadureceu e ensinar ao PSD-M que não se desperdiçam militantes, quadros e conhecimento nem se governa com mancebos.

Centeno: arrancou sob suspeição com ar desingonçado na Geringonça, mostrou resultados, deu confiança e tornou-se alicerce da imagem da governação na República. Foi reconhecido como o Ronaldo das finanças entre seus congéneres da Europa. O cargo de Presidente do Eurogrupo fortalece Portugal: traz a responsabilidade de dar o exemplo que atenua radicalismos e despesismos, o respeito que gera autoridade para negociar melhores taxas de juro e a prova de que no Ministério há equipa.

Rui Rio: incomparavelmente melhor do que Passos. Santana, por alguma razão, era o desejado pelos socialistas. As primeiras sondagens são negativas, o PSD continua a descer. Conseguirá limpar a estupidez e a desumanidade Passista? Tem argumentos para contrariar uma governação de sucesso? Como vão os eleitores deixar o certo para votar numa aposta que não sabem o que traz?


Más notícias:

Pedro Calado: o elogio exagerado e gratuito sobre o estado da saúde na região deprecia a sua imagem junto do povo que vive os “dramas”. Falha de comunicação é isto! Na Quinta Vigia não se faz melhor, as recepções aos profissionais da saúde visam conquistar a graça destes e ignorar o sofrimento dos utentes? Estão a polir o topo do iceberg.

O poder económico e de decisão na Madeira está concentrado na mão de alguns não-eleitos que decidem pelos governantes a corte de alfaiate. A separação de poderes na Madeira é a união na poncha. A cunha mantém-se, os concursos à medida existem mas o que está a dar é o ajuste directo, peças da máquina da promiscuidade que minam a qualidade e o futuro. O contencioso tributário aumentou 300%, acaso são das facturas coladas no tecto pelo GR em bola de neve pela economia? Em quanto aumentou as condenações a quem fez dívida no GR? Não se conhece "grave stress" nalguns protegidos.

Demografia: universidades estrangeiras vêm recrutar alunos à Madeira, tornam-nos cidadãos do mundo “absolvidos” da certa subjugação à meia dúzia atrás referida na hora do emprego. Mas, e a demografia, a população activa, a massa crítica e o conhecimento? Raramente voltam. Se a Madeira continuar a dar oportunidades aos mesmos, tornar-se-á uma ilha privada.

Diário de Notícias do Funchal
Data: 21-01-2018
Página: 29
A semana vista por Carlos Vares
Clique por favor para ampliar o recorte de imprensa:

Sem comentários:

Enviar um comentário